PET Elos Virtuais: Genocídios e a política de mortes no Brasil
Mais um momento de debate do Grupo Práxis - PET Conexões de Saberes. Toda última quarta-feira do mês as e os bolsistas movimentam o programa, compartilham e aprimoram conhecimentos, circulando por lugares outros do saber.
Na tarde de ontem (30/06/21), tivemos a oportunidade de designar pontes de compreensão entre “Genocídios e a política de mortes”, abrindo caminhos para pensar nessa temática tão urgente e emergente, sobretudo agora que estamos passando por uma política de massacre na pan(sin)demia. O nosso convidado, professor e historiador Gerson Fraga, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre e doutor pela mesma instituição, conversou e dialogou com o público sobre o conceito de genocídio, mas para além dele, nos fez reconhecer a necessidade de se afastar um pouco da noção desse termo para entender a política de mortes de forma crua, já que o conceito sofre de instrumentalizações por todo tipo de retórica identitária, humanitária ou política.
Genocídio é uma palavra forte e que assusta! Mas como tratar um massacre sem fazer menção a esse termo? Se não genocídio, efeitos da necropolítica. É triste, doloroso e é preciso que tratemos com a profundidade e o rigor que o fenômeno merece... sermos pessoas sensíveis às desigualdades sociais e poder, com vagar e seriedade, construir o conhecimento que pode fazer a diferença a partir do olhar de quem pertence aos grupos socialmente vulneráveis. A discussão em torno da temática foi uma relevante contribuição que pode oferecer uma compreensão dos fenômenos que envolvem diferentes formas de matar e morrer, sejam elas decorrentes de uma pan(sin)demia, do genocídio ou expressões da face da necropolítica.
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