Aspectos importantes discutidos no texto: "Universidade e compromisso social"



ROSSATO, R. Universidade e compromisso social. In: FIOREZA, C.; MARCON T. (Orgs.). O popular e a educação: movimentos sociais, políticas públicas desenvolvimento. Ijuí: Editora Unijuí, 2009, p. 159-174.




UNIVERSIDADE E COMPROMISSO SOCIAL¹

  • A universidade comprovou sua história que cumpriu e está cumprindo um papel cultural muito importante. p. 159
  • Na Idade Média passou por imensa crise existencial o que acarretou sua fragmentação:
  • Se depara com novos desafios com a Revolução Industrial.
  • Perto dos seus mil anos de existência se depara com novos questionamentos.
  • O autor questiona quanto a real função, principalmente no que tange o funcionamento das universidades públicas, baseando-se no fato de o governo vindo das camadas sociais populares. p. 160


A EDUCAÇÃO COMO VALOR SOCIAL

Segundo o autor, por muitos séculos a universidade era privilégio de poucos. Apesar da longa data de sua inserção, ela como um bem de todos é algo muito recente.
  • A educação, se caracterizou em algo pessoal, muito mais do que questão social ou política. p.160
  • Entre os séculos 18 e 19 com o surgimento da república, surge a ideia de educação como patrimônio público. p. 160
  • Nos primórdios do século 19, o domínio da leitura e escrita se restringia a 2% da humanidade. p 160
  • No início do século 20, ( na Europa), com o Estado tendo a incumbência, a responsabilidade do 1º 2º graus, houve grande avanço contra o analfabetismo. p. 161
  • A partir disso, o próximo passo, a educação como direito e não como obrigatoriedade. p. 162


UNIVERSIDADE: UMA INSTITUIÇÃO MEDIEVAL PARA UMA ORDEM MEDIEVAL

No cristianismo o seu reconhecimento se dava pela supremacia da Igreja Católica, em que foram criadas universidades para contemplar os interesse da Igreja, ou para atender interesses políticos. p. 163


UMA UNIVERSIDADE EM TRANSIÇÃO

As transformações do final da Idade Média, faz com que algumas universidades desapareçam por não conseguirem acompanhar as novas tendências sociais.
  • A finalidade da universiadde é questionada e sua reorganização é imposta. Ficarão submetidas aos poderes locais e terão sua autonomia comprometida. p. 164
  • " O envolvimento com as guerras religiosas, o crescente movimento humanista, a perda do monopólio, a abreviação dos estudos atingem a universidade". Mesmo sendo muitas, sua reputação fica aquém. p 165


UMA UNIVERSIDADE PARA A ORDEM DEMOCRÁTICA E BURGUESA

  • Com os novos moldes sociais dos séculos 16, 17 e 18, os papéis sociais das universidades se redefinem.
  • Apesar da sua expansão, principalmente na América Latina e América do Norte, acontecem mudanças nos moldes. p. 166
  • As universidades Francesas, Alemãs e dos Estados Unidos, tem seus papéis distintos, embora, com o mesmo propósito: a afirmação do poder central ou da burguesia industrial. p. 166
  • " A universidade é dividida em faculdades e o exercício de uma profissão somente pode ser desempenhado mediante um diploma superior. Este modelo exerceu forte influência na América Latina e a estrutura das primeiras universidades brasileiras em muito se espelhou no modelo francês, recordando que durante o período colonial e no império a França era considerada um exemplo a ser seguido ou copiado."
  • Na Alemanha, nasce a universidade de Berlim ( 1809), a qual tem por objetivo reerguer a moral do povo alemão. Torna-se símbolo, pela sua atividade de pesquisa, embora não se deve esquecer que é instituição a serviço da ordem social e do poder. p. 167
  • As universidades nos Estados Unidos, estabelecem estreitos laços com o modelo industrial e o modelo capitalista. p 167
  • Nesse modelo a instituição tem como foco a profissionalização, colocam as humanidades em segundo plano, enfatizando as ciências aplicadas e o ensino técnico. p. 168

UNIVERSIDADE BRASILEIRA: TARDIA E DEPENDENTE

No Brasil a universidade se instalou no início da terceira década do século 20. p. 168
  • O militarismo, direcionou a universidade a jogos políticos e a reformulação de 68 atinge os destinos dela, que por interesses do momento acaba por atrasar ainda mais o desenvolvimento e amadurecimento da instituição. p. 169


A CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE O ENSINO SUPERIOR

Embora em alguns países o número de estudantes universitários seja bastante significativo, no mundo ainda há números expressivos de analfabetismo. p. 171


UMA UNIVERSIDADE EMERGENTE PARA PAÍSES EMERGENTES?

  • O autor questiona sobre quais caminhos à universidade brasileira deve seguir para contemplar a demanda diante da sua realidade social, econômica e popular, tendo em vista que aumentar o acesso sem qualidade trouxe vários percalços a instituição. p.171
  • Faz uma crítica em relação ao que é e o que deveria ser a função da universidade para poder dar conta dos eminentes problemas sociais que vem de longa data. Descreve o quanto ela está atrelada a preparação para o trabalho e produção como forma de ascensão social. p. 173


    ¹Tópicos - síntese elaborados por Selí Teresinha Leite

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