Síntese "Seria possível uma epistemologia freireana decolonial? Da "Cultura do silêncio" ao "Dizer a sua palavra"
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL (UFFS)
CAMPUS ERECHIM
GRUPO PRÁXIS - PET CONEXÕES DE SABERES/LICENCIATURAS
SÍNTESE "SERIA POSSÍVEL UMA EPISTEMOLOGIA FREIREANA DECOLONIAL? DA "CULTURA DO SILÊNCIO" AO "DIZER A SUA PALAVRA"
CAMILA WOLPATO LOUREIRO E THIAGO INGRASSIA PEREIRA
ERECHIM
2019
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LOUREIRO, C. W.; PEREIRA, T. I. Seria possível uma
epistemologia freiriana decolonial? Da “cultura do silêncio” ao “dizer a sua
palavra”. Roteiro, v. 44, n. 3, 24
abr. 2019.
Seria possível uma epistemologia freireana decolonial? Da “Cultura do
silêncio” ao "Dizer a sua palavra”
Luíza Zelinscki
Diante
de uma estruturação do contexto marcado pela colonização e pela colonialidade,
a leitura de Paulo Freire trás uma perspectiva de leitura de mundo, através da
criticidade e do “Dizer a sua palavra”. De encontro à “Cultura do Silêncio”, a
autora Wolpato e o autor Ingrassia propõem a análise de Freire enquanto autor
decolonial. A partir de encontros e debates sobre textos de autores e autoras,
como Eduardo Galeano, Boaventura de Sousa Santos, Cheron Moretti e Telmo Adams,
se construiu um debate acerca dos temas Decolonial e Descolonial.
Os
saberes epistemológicos que trabalham a partir das desassimilações e das desassociações
de tudo que é naturalizado como único e acabado, partem do princípio da
educação como transformadora de pessoas que se tornam, por conseqüência,
transformadoras da sua realidade. Tomando como base a conceituação de
Decolonial enquanto proposta contra-hegemônica à cultura dominante, a partir da
crítica à estruturação implantada pela atuação colonizadora, se tem como
processo o tratamento e a constante cura das feridas do trauma silenciado.
Trazendo
à tona Paulo Freire e a perspectiva do diálogo, a Decolonialidade, ao que se
entende distintamente à Descolonialidade, opera pela metamorfose do que é
importado e o que ainda vigora nas periferias do mundo, América Latina, Ásia e
África. Entender a proposição de Paulo Freire enquanto autor Decolonial é
assimilar que a partir da educação se formam pessoas agentes de sua própria
história, conscientes do processo
histórico que continua a controlar mentes e corpos, capazes de desestruturar as
vigas da colonização e da colonialidade e superar a condição naturalizada de
subalternidade, produzindo saberes de baixo para cima, na emancipação Suleadora
das identidades, contrapondo a
importação de uma cultura cristalizada do Norte.
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