PET EM DEBATE: "Educação Inclusiva: o que temos a ver com isso?"


Quarta e última edição do PET em Debate: Desafios da licenciatura e da Docência do ano de 2016. Para fecharmos com chave de ouro esse encontro, o Grupo Práxis escolheu a temática EDUCAÇÃO INCLUSIVA, problematizando com a questão "O que temos a ver com isso?"

Buscando responder essa questão, as professoras convidadas Roseli Krebs (interprete de LIBRAS) e Sonize Lepke (UFFS) contribuíram com a discussão apresentando diversas questões.

- Fala dos PETianos envolvidos na Ocupação UFFS - EreXim na abertura do 4º PET em Debate -

- Prof.ª Roseli -

A Prof.ª Roseli Krebs é formada em Pedagogia pela UFFS - Erechim e atua como interprete de LIBRAS em escolas da cidade. De início, a Prof.ª Roseli problematizou os desafios da inclusão não somente no que toca a escola, mas também a inclusão como algo que depende da sociedade. "Incluir é um grande desafio, e só depende de nós!" - disse a professora.

A fala da professora foi no sentido de alertar que perceber a necessidade de inclusão (e de fato incluir os sujeitos com necessidades especiais) é garantir que todos tenham assegurada sua cidadania. Ou seja, lutar pela inclusão é também uma luta pela cidadania plena.

No que tange a educação, quando alguém escolhe ser professor/a, o mesmo deve estar ciente de que é preciso buscar informações e construir alternativas para que a inclusão não fique apenas nas estatísticas. 

Além disso, a professora nos apontou os avanços amparados pela lei, destacando a LDB nesse proccesso, bem como os desafios da prática inclusiva. Dados de pessoas com deficiência auditiva e surdos no Brasil foram apresentados para reflexão, bem como a relação da presença de estudantes surdos por nível escolar. Por fim, a professora Roseli compartilhou conosco suas experiências pessoais que a levaram a construir sua carreira profissional se especializando em LIBRAS. 

- Prof. Sonize Lepke -
Seguindo com as reflexões da noite, a Prof.ª Sonize esclareceu algumas questões sobre o implante coclear (IC), como ele funciona, os riscos desse implante e a postura de uma parte da comunidade surda ser contrária a esse tipo de implante por escolhas políticas. 

A fala da professora Sonize foi em torno do "choque" que muitos/as professores/as iniciantes acabam tomando devido a falta de discussão sobre deficiências e necessidades especiais em sua formação docente. Ela problematizou a representação que é criada em torno das pessoas com alguma deficiência física e que isso acaba gerando aversões e situações de isolamento desses sujeitos dentro da escola. 

Se baseando na discussão sobre DIFERENÇA (pautada em uma normalidade compulsória), a professora Sonize apontou para as relações de superioridade e/ou inferioridade que essa diferença pode resultar. No que se refere a escola, os/as professores/as ainda são os campeões em reproduzir essa diferença, diz a professora. 

Assim com a Prof.ª Roseli, a Prof.ª Sonize também apontou os avanços e os desafios no debate sobre educação inclusiva, em especial problematizando a formação de professores/as. Além disso, a professora mostrou que a educação inclusiva não é mais um nível à parte de escolarização, mas sim uma preocupação presente em todos os níveis (ou deveria ser). O ápice de sua fala foi uma rápida dinâmica com os/as presentes, onde alguns simulavam uma posição comum às pessoas que possuem paralisia. Uma das presentes, após as falas, fez questão de compartilhar que se emocionou com a dinâmica. 

- Diálogo com os/as presentes -
Encerramos as atividades do PET em Debate: Desafios da docência e da licenciatura com chave de ouro! o Grupo Práxis espera poder continuar promovendo esse espaço de discussão na UFFS - Erechim que já virou tradição!



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