III MESA DE DEBATE DO PET
No dia 11 de
Novembro de 2014, realizou-se no Centro de Eventos do Seminário Nossa Senhora de
Fátima, a Terceira Mesa do PET em Debate que teve como tema: “O projeto popular
da UFFS e o papel dos movimentos populares”. Proferiram suas falas os
palestrantes Dirceu Benincá (UNINOVE) e Ulisses Pereira de Mello(UFFS).
A
mesa mediadora do debate foi composta pelos petianos: Carine Marcon e Maurício
Fortes. Após a abertura e saudação aos
participantes, o palestrante Dirceu Benincá da UNINOVE , iniciou o debate com o
tema: Quais as características de uma Universidade pública e popular?
Dirceu Benincá começou a sua fala colocando o
conceito de Público Estatal, que segundo ele são serviços públicos prestados á
população pelo Estado. Público não-
estatal quando é destinado ao público, mas num âmbito privado e Estatal não
público é público apropriado pelo privado.
Ele comenta também outros conceitos
como Colonialidade que atinge o poder, o saber e as condições das pessoas. A
Superação da Barbárie na qual ele coloca que em diferentes níveis, a educação
tem um papel primordial e podem reproduzir essas práticas negativas ou lutar
para que haja uma substituição, ou seja, educação como chave para o
desenvolvimento e a superação das dificuldades e da opressão, da exclusão do
preconceito e da discriminação.
Dirceu
também pontuou a questão da mercadorização da educação, em que a educação é
tratada como mercadoria e foge dos seus objetivos principais que é a promoção
da emancipação, da cidadania, do diálogo, da ecologia de saberes, da
democracia, da liberdade, e da humanização do ser humano.
Em seguida fez
uso da palavra o Professor da UFFS, Ulisses Pereira de Mello a respeito do
tema: “O projeto popular da UFFS e a questão da Agroecologia”. Primeiramente
Ulisses, apresentou uma breve contextualização histórica acerca da origem do
popular e sua vinculação do termo a um aspecto de carência. Posteriormente, o
palestrante relatou sobre os objetivos sociais, ambientais e econômicos da
Agroecologia, bem como sua resistência frente ao projeto de agricultura convencional
tão amplamente difundido. De acordo com a proposta do tema, Ulisses ressaltou a
participação dos movimentos sociais na construção da Agroecologia no Brasil,
dentre estes: MST, MAB, MMC, Associações de pequenos produtores rurais,
estudantes, parcerias com Universidades e Ministério da Agricultura.
Foram
demonstradas também as conquistas que a UFFS já teve na área da Agroecologia,
com a oferta de Especialização e Mestrado no campi de Laranjeiras do Sul e
vários projetos e participações em Congressos, por exemplo, O Congresso
Brasileiro de Agroecologia. Finalizando sua fala, Ulisses ressalta a
necessidade de concursos adequados à área de Agroecologia, bem como,
disponibilidade de uma maior área experimental, o constante diálogo com a
comunidade e movimentos sociais. Ressalta também que mesmo com dificuldades,
por não estar em seu campus definitivo, a UFFS, tem demonstrado grandes avanços
frente a universidades convencionais.
Após a fala dos
palestrantes, foi aberto espaço para as considerações do público presente, bem
como, para questionamentos. A grande parte das perguntas foi dirigida ao
significado de popular e se realmente os palestrantes acreditavam que pudesse
haver um projeto público e popular em uma sociedade capitalista, sendo que os
dois palestrantes convergiram na resposta, salientando que as próprias
conquistas da UFFS, apontariam para uma resposta positiva, embora tenha muitos
desafios em relação à permanência dos estudantes.
EM 2015 TEM MAIS!
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