Síntese do texto:Quo vadis? Avaliação e internacionalização da educação superior na América Latina
LEITE,
D.; GENRO, M. E. H. Quo vadis? Avaliação e internacionalização da educação
superior na América Latina. In: LEITE, D. et al (Orgs.). Políticas de evaluación universitária en América Latina:
perspectivas críticas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, 2012, p. 15-98.
Quo vadis? Avaliação e internacionalização da
educação superior na América Latina
Denise
Leite/Maria Elly Herz Genro
O texto
proposto pelas autoras reflete sobre os caminhos da educação superior em tempos
de globalização e diante das políticas de avaliação imperialistas e sobre modo
como os modelos europeus de universidade vêm sendo incorporados na América
Latina. Padrões que indicam o que seria uma “universidade de qualidade”. No
entanto, estes parâmetros europeus tendem a desconsiderar o contexto local das
universidades, legitimando uma lógica colonialista e dominante do conhecimento
e das técnicas desenvolvidas pela educação superior.
Amparadas pela
lógica neoliberal e por um capitalismo globalizado, surgem propostas de
avaliação, credenciamento, classificação, rankings e novas tipologias de
universidade. A partir disso tende-se a uma forma de vida, de pensamento, de
ação e de consumo hegemônicas, aos moldes do mercado europeu. Daí o papel
estratégico da educação superior, quando da socialização de normas e princípios
focados na efetivação desse projeto, compatível com o mundo europeu.
A Europa,
segundo as autoras, estaria interessada em criar uma “zona comum de educação”.
Baseada nos padrões e nas referências de qualidade dos modelos europeus. A
efetivação desse projeto de daria a partir de financiamentos feitos pelos
“atores globais do capitalismo”, dentre eles a UNESCO, Giqac (Iniciativa Global
para Garantia da Qualidade), do Banco Mundial, que no futuro significariam a
ampliação dos mercados para os produtos europeus.
Diante disso,
afirmam as autoras, que as políticas de avaliação e acreditação de diversos
países são afetadas pela agenda internacional. Essa lógica externa, do mundo
dos negócios, das competências, da qualidade internacional, incide na formação
dos sujeitos, fragilizando a formação social e política da educação superior.
Consideram a possibilidade de partir dos parâmetros internacionais, mas
resistindo e considerando os contextos locais e regionais, evitando a total
dominação dos países europeus.
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