SISTEMATIZAÇÃO DO ARTIGO “AS POLITICAS PÚBLICAS DO ENSINO SUPERIOR NO GOVERNO LULA: EXPANSÃO OU DEMOCRATIZAÇÃO?”
O Dossiê Os Anos Lula, ressalta o histórico das
universidades brasileiras desde o período elitizado, ao período das políticas
públicas de acesso. Problematizando as características do ensino superior como
um “local” (p.10) de aprendizado exclusivo da elite brasileira.
A partir do governo Lula foram criadas políticas públicas
educacionais de ensino superior brasileiro, demonstrando a preocupação do
governo na época em relação na qualificação e acesso dos estudantes ao ensino
superior, reforçando idéias de caráter totalmente democrático; contudo, há um
grande contraponto relacionado a democratização do ensino superior dentro do
Brasil, demonstrando um grande questionamento em relação a necessidade da
expansão do ensino, sem priorizar a permanência do estudante e a qualidade da
educação, sendo uma crítica no qual é apresentada. Argumenta-se a respeito da não
integração entre a noção de política pública com a política social, sendo de
forma abrangente e de extrema preocupação para com a expansão e acesso de
estudantes ao ensino superior.
A apresentação de
diversas políticas públicas demonstram a preocupação em não priorizar o trabalhar
para a exclusão da desigualdade social no Brasil, no qual muitas vezes insistem
em trabalhar a respeito da igualdade de oportunidades a todos, de forma
democrática, contudo com diversos contrapontos a serem avaliados, principalmente
com base na ideia elaborada por Bobbio, que apresenta conceitos de formulação
de políticas públicas tendo como perspectiva a necessidade de consideração as
estruturas desiguais presentes na sociedade, abrindo espaços a disputas de
méritos entre muitos que não possuem total acesso e qualidade de ensino e
“meios” para participar de uma ampla concorrência.
Segundo Höfling (2001), o Estado é responsável pela
criação de políticas públicas, que garantam a inclusão das classes populares no
ensino superior, reduzindo a desigualdade social, “para que sejam construídos direitos
sociais básicos” (p.15).
“[...] mais importante que tornar os atores
sociais competitivos para a inserção no mercado de trabalho, é desenvolver uma
política educacional capaz de formar para a cidadania e para democratização da
estrutura ocupacional vigente na sociedade”. (Höfling, 2001)
Em meio a uma sociedade capitalista, consumista e hierárquica,
demonstrada muitas vezes dentro do governo através de políticas públicas, a
priorização da massificação da inserção de estudantes ao ensino superior
através de programas de acesso e “convênios” com universidades do setor
privado, sem ao menos apresentar bases sólidas e específicas de permanência ao
aluno oriundo de um caráter popular, e ao mal (pouco) investimento para com
universidades públicas, tanto de forma estrutural quanto de qualidade de ensino
e permanência.
É apresentado a desqualificação da política social, sendo
uma das principais bases da construção social de igualdade, no qual trabalha
com a formação e a manutenção destas relações sociais, pensando principalmente
às classes populares, visando a redução da desigualdade social, podendo assim,
manter de forma igualitária a oportunidade de ação e inserção de todos sobre um
caráter democrático através de políticas públicas do Brasil, acreditando-se assim
em um ensino de qualidade.
Por Ellen da Silva do Nascimento
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